segunda-feira, 16 de maio de 2011

Saúde mental


A delicada situação da saúde mental na Bahia foi tema de pronunciamento do Deputado Federal Márcio Marinho, no Plenário da Câmara.  
O parlamentar citou a Política Nacional de Saúde Mental que restringiu os internamentos ressaltando a importância da medida em função do quadro caótico de algumas instituições, porém revelou dados preocupantes publicados recentemente na imprensa baiana que revelam a falta de leitos psiquiátricos e de acordo com dados da Secretaria de Saúde, o Estado conta com um mil leitos, 400 deles em Salvador.
“São 32 leitos disponíveis no Hospital Psiquiátrico Mário Leal; 140 leitos no Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira; 15 leitos no Hospital Universitário Professor Edgar Santos, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal da Bahia (Ufba); 37 leitos no Hospital Irmã Dulce e 120 leitos disponíveis no Sanatório São Paulo hospital privado conveniado ao SUS , além de algumas clínicas privadas também conveniadas ao serviço público, segundo dados divulgados na imprensa”, explicou o deputado.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) deve haver um leito psiquiátrico para cada grupo de um mil habitantes. A Bahia está abaixo disso, segundo o levantamento feito em dezembro de 2010 pelo Ministério da Saúde para o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde.
Segundo a jornalista que entrevistou o coordenador do centro de Psiquiatria da Secretaria de Saúde, disse Marinho, a Lei 10.216 prevê que os pacientes com transtornos mentais sejam encaminhados a Centros Alternativos de Saúde e não a Unidades Psiquiátricas, o que obriga a uma redução no número de leitos.
O problema, disse o deputado Marinho, é que não há hoje centros suficientes para atender à demanda de doentes mentais do nosso Estado. “Não há "CAPs" suficientes com condições de receber os pacientes com problemas mentais. Por isso, faço uso desta tribuna para tratar deste assunto que sei, sensibiliza o Governador Jaques Wagner e também o Ministro da Saúde para haja um investimento urgente para sanar a carência do povo que necessita de aumento do número de leitos e de tratamento adequado pois todos nós sabemos que nem todos os doentes mentais têm condição de conviver em casa com os seus familiares. Muitos necessitam de internamento e contenção, nos casos de crises mais graves. Este é um assunto da mais alta importância e mais uma vez apelo para a sensibilidade das autoridades de Saúde a fim de resolver este sério problema”, ressaltou.

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