Sigla corre risco de ficar sem tempo de TV e sem fundo partidário
O
Partido Social Democrático (PSD), criado há um ano pelo prefeito de São
Paulo, Gilberto Kassab, projeta uma fusão com o PSB caso o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) julgue improcedente o pedido de ampliação do
seu tempo de TV e seu acesso a recursos do Fundo Partidário. A ação
começou a ser julgada pelo TSE no mês passado. Dos sete ministros, dois
já votaram a favor e um se opôs ao pleito da nova legenda. Houve pedido
de vista e o julgamento não tem prazo para ser retomado. Ainda faltam os
votos de quatro magistrados. A sigla quer receber os benefícios na
mesma proporção dos votos dados em 2010 à sua bancada atual na Câmara -
na ocasião, os deputados integravam outros partidos. O secretário-geral
do PSD, Saulo Queiroz, aposta na vitória na Justiça, mas defende a fusão
em caso de revés. "Se o partido não tiver tempo de TV, temos que nos
reunir rapidamente. Não se pode descartar hipótese de fusão com o PSB. É
um jeito de tentar sobreviver", afirmou o diriente, em entrevista ao
jornal Folha de S. Paulo. Queiroz lembra que a união com a legenda do
governador de Pernambuco, Eduardo Campos, (PSB) estava na origem do PSD,
mas não avançou. Segundo ele, as duas siglas têm "parceria extremamente
gratificante". Se o TSE der vitória ao PSD, que tem a quarta maior
bancada da Câmara Federal, a sigla receberá cerca de R$ 1,6 milhão por
mês e terá bom espaço na propaganda eleitoral na TV, uma das principais
moedas usadas na hora da negociação de alianças. Se perder, ficará com
R$ 18,5 mil mensais e tempo de TV de nanico.
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