Marinho conversa com capoeiristas e secretário de Walter Pinheiro
Na manhã desta sexta-feira, o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Capoeira (FPDC), Márcio Marinho, se reuniu com os mestres de Capoeira Tonho Matéria, Máximo, Pelé, mestra Luciene e Cláudio Santos – representando o senador Walter Pinheiro - para debater o Projeto de lei 7150, que tramita na Câmara desde 2002, onde busca a regulamentação da profissão de capoeirista para que os mestres possam ter direito à aposentadoria. Atualmente o PL está no Senado e aguarda ser relatado pelo senador Pinheiro.
Entre os assuntos abordados na reunião destacaram-se a questão da Capoeira poder ser ensinada por estudantes de Educação Física, a necessidade de mais união dos mestres e os principais entraves para que a legalização da profissão seja efetivada.
Mestre Pelé, com 58 anos de prática e ensino da arte, disse que acredita na luta do deputado Marinho e espera que as gerações vindouras possam desfrutar do que até aqui lhe foi negado, que é a valorização enquanto profissional.
Tonho Matéria ressaltou a luta dos mestres que, como Pelé, mantêm viva essa cultura. “A maior dificuldade hoje é que a Capoeira não e profissão. Então, os mestres doam toda sua juventude a ensinar e quando chegam em sua velhice não têm direito a nada. Muitos, como mestre Pastinha, morrem em situações lamentáveis”, conto.
Mestre Máximo relembrou a trajetória histórica da Capoeira, que a princípio era uma forma de defesa dos africanos que chegaram ao Brasil. “Em 1930 a prática da Capoeira era considerada crime. Rompemos todas essas barreias e hoje ela é Patrimônio Cultural”.
Marinho falou da satisfação em estar à frente dessa luta e da disposição de “ouvir os capoeiristas para que juntos possamos caminhar e lutar a fim e que os profissionais possam ter seu devido valor”, afirmou.
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