sábado, 21 de abril de 2012

Políticos têm de ser éticos, morais e compromissados, por Walmir Rosário

Walmir Rosário

Crédito: JBO
Walmir Rosário

As campanhas políticas se aproximam e a partir de junho próximo teremos os candidatos aos cargos executivos e parlamentares, em nível municipal. Enquanto as convenções não definirem quais são os escolhidos pelos diversos partidos e coligações como candidatos a prefeito e vereadores, todo o cidadão com suas obrigações eleitorais em dia tem o direito de lançar seu nome à apreciação dos eleitores.
E é bom que assim o faça – no papel de pré-candidato –, no sentido de que os eleitores tenham tempo suficiente para analisar o passado desses políticos, desde a lisura com que tratou as finanças públicas quando ocupou cargos e mandatos, ou o compromisso com as causas da sociedade. Mesmo aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de exercer cargos podem ser avaliados pela conduta ética e moral.
Como bem disse o filósofo André Comte-Sponville, “a moral é solitária (ela só vale na primeira pessoa); toda política é coletiva. É por isso que a moral não poderia fazer as vezes de política, do mesmo modo que a política não poderia fazer as vezes de moral: precisamos das duas, e da diferença entre as duas!”, ensinou.
Para ficar mais claro, vale a pena lembrarmos de mais um trecho do pensamento do filósofo no seu trabalho “Apresentação da Filosofia”, quando diz, textualmente: “Uma eleição, salvo excepcionalmente, não opõe bons e maus, mas opõe campos, grupos sociais e ideológicos partidos, alianças, interesses opiniões, prioridades, opções, programas...Que a moral também tenha uma palavra a dizer é bom lembrar (há votos moralmente condenáveis). Mas isso não nos poderia fazer esquecer que ela não faz as vezes nem de projeto nem de estratégia. O que a moral tem a dizer contra o desemprego, contra a guerra, contra a barbárie?”, reforça.
Diante desses ensinamentos, a avaliação que deveremos fazer dos candidatos dependem de diferentes premissas, pois além da conduta dos políticos, se faz necessária uma análise mais apurada das teses que defendem. De que lado está o candidato: da comunidade ou de representantes do mercado? Quem são os apoiadores e financiadores da campanha? Como dissemos logo acima, não basta a moral (da pessoa, individual), mas, sobretudo, os comprometimentos políticos (que trata do coletivo, da comunidade). Informações do JBO

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