sábado, 15 de novembro de 2008
CRESCE O NÚMERO DE UNIVERSITÁRIOS DE BAIXA RENDA.
Durante muito tempo, ocupar uma cadeira na universidade era um sonho distante para os filhos de famílias humildes. Apesar do aumento de vagas em Instituições de Ensino Superior (IES), sobretudo nas particulares, os estudantes de baixa renda encontravam muitas dificuldades para serem inseridos.Contudo, dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) revelaram que, de 2004 a 2006, alguns muros, que excluíam esses alunos, foram derrubados. De acordo com a pesquisa, neste período houve um aumento de 49% na proporção de universitários com renda familiar mensal de até três salários mínimos. Os números passaram de 10,1%, em 2004, para 15,1%, em 2006.Ações como Prouni, Faz Universitário, financiamentos estudantis e a redução no valor das mensalidades foram os principais responsáveis por essa conquista. Apenas o Prouni, criado em 2005, foi responsável pelo ingresso de 204 mil estudantes durante os anos de 2005 e 2006.Apesar desses avanços, a participação da população de baixa renda na educação superior não é significativa. Enquanto o número de universitários com renda familiar mensal de até três salários mínimos era equivalente a 15,1%, em 2006, a população brasileira com este nível de renda era superior a 55% no mesmo período.Os dados comprovam que as políticas de concessão de bolsas e financiamentos, apesar de contribuírem para a inserção de pessoas carentes na faculdade, não contribuem o suficiente para a democratização da educação superior. É preciso investir também em um ensino público de qualidade e na erradicação do trabalho infantil, para dar a esses jovens a oportunidade de estudar.
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