terça-feira, 25 de novembro de 2008

Brasil freia óbito infantil, mas não o de mãe

Governo avalia que país cumpre Objetivo do Milênio de deter Aids e mortalidade de bebês, mas tem dificuldade em conter morte materna
O Brasil deverá cumprir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) ligados a redução da mortalidade de crianças (Objetivo 4) e controle da Aids (Objetivo 6), mas tem dificuldades em diminuir a mortalidade materna (Objetivo 5), segundo avaliação do Ministério da Saúde.
As estimativas foram feitas com base no pressuposto de que a evolução recente perdure até 2015 — prazo em que os países da ONU, inclusive o Brasil, se comprometeram a cumprir os Objetivos do Milênio — e apresentadas na 1ª Conferência de Monitoramento dos ODM do Setor Saúde, que ocorreu na semana passada, em Brasília.
As projeções sobre mortalidade de crianças levaram em conta apenas a variação, entre 1996 e 2005, da mortalidade infantil (crianças de até 1 ano) — e não a mortalidade na infância (crianças de menos de 5 anos, foco central do quarto ODM). O diretor do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas do Ministério da Saúde, Adson França, diz que foi dado destaque à redução da mortalidade infantil porque é mais difícil diminuí-la. “O maior desafio que temos pela frente é o óbito de recém-nascidos, é combater a mortalidade na faixa neonatal (até 28 dias após nascimento)”, afirma.
O quarto Objetivo do Milênio estabelece que a mortalidade de crianças menores de 5 anos deve ser, em 2015, dois terços do que era em 1990. Os dados apresentados pelo ministério mostram que a taxa de óbito entre crianças de até 1 ano caiu de 47,1 por mil nascidos vivos, em 1990, para 21,2, em 2005: um recuo de 55% no período. A previsão oficial estima que, se a tendência dos últimos anos (queda de 5,2% ao ano) permanecer, a redução será de dois terços em 2011 — antes, portanto, do prazo estipulado pela ONU. Fonte PNUD BRASIL.

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