segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O TURISMO EM ILHÉUS

Setor não avança por falta diálogo entre governo e empresas
O turismo de Ilhéus, que tantas vezes, parece uma novela, espera ter no remake de “Gabriela” uma chance de galgar melhores posições como destino. A expectativa, porém, é fruto de muitas dúvidas, externadas em email que nos envia o presidente da Associação de Turismo de Ilhéus, o empresário Ricardo Miyazato.
No email, Miyazato lamenta que Ilhéus não tenha sido incluída na lista de cidades que deverão ser influenciadas pelo fluxo turístico decorrente da Copa do Mundo de 2014, omissão que perdura no site oficial do Governo da Bahia, apesar do secretário municipal de Turismo, Paulo Moreira, afirmar que a cidade foi esquecida por equívoco do Ministério do Turismo e da Bahiatursa e que o lapso já teria sido sanado por gestões do Convention Bureau da Costa do Cacau e da Setur.
A mensagem do representante da Atil gerou uma série de respostas de empresários da hotelaria, a maioria questionando as ações do poder público na área do turismo. Moreira não gostou do tom de Miyazato e também o acusa de não se mexer muito para melhorar a situação do destino.
A briga revela o que todo ilheense há muito tempo já sabe ou deveria saber. A deficiência do turismo em Ilhéus tem muito a ver exatamente com o péssimo diálogo entre empresas e governo. Este, desorganizado, desarticulado e sem planejamento; aquelas, muito mais preocupadas em olhar para o próprio umbigo do que em ter uma visão coletiva e mais profunda do setor.
Desde o ano passado, um inventário turístico – iniciativa da Uesc em parceria com a Bamin – tenta descobrir onde estão os nós do turismo de Ilhéus (e também de Itacaré e Serra Grande). A falta de prioridade por parte do governo e o individualismo dos empresários devem encabeçar a lista dos problemas. Fonte Pimenta na muqueca.

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