O Banco Central (BC) deve anunciar hoje o quarto corte consecutivo de 0,50 ponto porcentual da taxa básica de juros (Selic), de acordo com a previsão da maior parte dos analistas do mercado financeiro. Mas os especialistas ainda se dividem em relação às decisões futuras do Comitê de Política Monetária (Copom) e aguardam alguma indicação da autoridade monetária.
Desde dezembro, a pesquisa semanal do BC mostra que os economistas esperam três cortes de 0,50 ponto no início deste ano, nas reuniões de janeiro, março e abril. Com isso, a taxa básica pode cair dos atuais 11% para 9,5% ao ano.
Alguns economistas, no entanto, já acreditam em um ciclo menor de redução de juros, em razão de dados que mostram a retomada do crescimento no último trimestre de 2011, depois da estagnação verificada nos três meses anteriores.
Outro fator que pode reduzir o espaço para a ação do Copom é a política fiscal. Futuras decisões vão depender, por exemplo, do corte no Orçamento a ser anunciado até o início de fevereiro, que pode chegar a R$ 70 bilhões. Também há dúvidas sobre como o governo fará para cumprir a meta de superávit das contas públicas e, ainda assim, manter o ritmo de investimentos.
A economista Alessandra Ribeiro, da consultoria Tendências, diz que a recuperação da economia ainda não é suficiente para mudar a política do BC. Avalia, entretanto, que o cumprimento da meta fiscal até 2013 é fundamental para garantir a queda dos juros.
'Os dados mostram recuperação no fim de 2011, e isso deve continuar sendo observado em 2012. Mas ainda não é algo suficiente para alterar a decisão do Copom. Há dúvidas sobre o ritmo e a sustentação dessa atividade', afirmou. 'Mas existe o risco de ciclo menor de corte dos juros por causa do lado fiscal.'
A consultoria LCA avalia que o comunicado divulgado após a reunião do Copom poderá indicar uma posição mais cautelosa do BC. Embora mantenha a projeção de que a Selic vai chegar a 9,5% ao ano até abril, a consultoria vê chances crescentes de que o ciclo de cortes possa ser interrompido antes, em razão do desempenho mais favorável dos mercados globais e à retomada do crescimento no País.
O indicador de atividade do BC, por exemplo, mostrou anteontem que a economia teve em novembro o maior crescimento em 19 meses. Os indicadores até agora não mudaram as expectativas de crescimento dos analistas, que continuam baixas, entre 2% e 4% para este ano.
Os valores são inferiores aos 4,5% desejados pelo governo para 2012. Mesmo com um corte maior dos juros, são poucas as chances de que a taxa básica volte ao menor nível da história do Copom (8,75% ao ano, atingidos no auge da crise global).
Reversão. O mercado financeiro já projeta um novo ciclo de aperto a partir de janeiro do próximo ano. O próprio BC afirmou, no fim do ano passado, que previa uma inflação mais alta em 2013 e pode, se necessário, aumentar novamente os juros.
Na pesquisa semanal do BC, as estimativas mais cautelosas são de um corte de meio ponto hoje e outro de 0,25 em março, o que jogaria a Selic para 10,25%, encerrando o ciclo de redução de juros iniciado em agosto, quando o BC surpreendeu o mercado e buscou se antecipar aos efeitos da crise no Brasil.
Desde dezembro, a pesquisa semanal do BC mostra que os economistas esperam três cortes de 0,50 ponto no início deste ano, nas reuniões de janeiro, março e abril. Com isso, a taxa básica pode cair dos atuais 11% para 9,5% ao ano.
Alguns economistas, no entanto, já acreditam em um ciclo menor de redução de juros, em razão de dados que mostram a retomada do crescimento no último trimestre de 2011, depois da estagnação verificada nos três meses anteriores.
Outro fator que pode reduzir o espaço para a ação do Copom é a política fiscal. Futuras decisões vão depender, por exemplo, do corte no Orçamento a ser anunciado até o início de fevereiro, que pode chegar a R$ 70 bilhões. Também há dúvidas sobre como o governo fará para cumprir a meta de superávit das contas públicas e, ainda assim, manter o ritmo de investimentos.
A economista Alessandra Ribeiro, da consultoria Tendências, diz que a recuperação da economia ainda não é suficiente para mudar a política do BC. Avalia, entretanto, que o cumprimento da meta fiscal até 2013 é fundamental para garantir a queda dos juros.
'Os dados mostram recuperação no fim de 2011, e isso deve continuar sendo observado em 2012. Mas ainda não é algo suficiente para alterar a decisão do Copom. Há dúvidas sobre o ritmo e a sustentação dessa atividade', afirmou. 'Mas existe o risco de ciclo menor de corte dos juros por causa do lado fiscal.'
A consultoria LCA avalia que o comunicado divulgado após a reunião do Copom poderá indicar uma posição mais cautelosa do BC. Embora mantenha a projeção de que a Selic vai chegar a 9,5% ao ano até abril, a consultoria vê chances crescentes de que o ciclo de cortes possa ser interrompido antes, em razão do desempenho mais favorável dos mercados globais e à retomada do crescimento no País.
O indicador de atividade do BC, por exemplo, mostrou anteontem que a economia teve em novembro o maior crescimento em 19 meses. Os indicadores até agora não mudaram as expectativas de crescimento dos analistas, que continuam baixas, entre 2% e 4% para este ano.
Os valores são inferiores aos 4,5% desejados pelo governo para 2012. Mesmo com um corte maior dos juros, são poucas as chances de que a taxa básica volte ao menor nível da história do Copom (8,75% ao ano, atingidos no auge da crise global).
Reversão. O mercado financeiro já projeta um novo ciclo de aperto a partir de janeiro do próximo ano. O próprio BC afirmou, no fim do ano passado, que previa uma inflação mais alta em 2013 e pode, se necessário, aumentar novamente os juros.
Na pesquisa semanal do BC, as estimativas mais cautelosas são de um corte de meio ponto hoje e outro de 0,25 em março, o que jogaria a Selic para 10,25%, encerrando o ciclo de redução de juros iniciado em agosto, quando o BC surpreendeu o mercado e buscou se antecipar aos efeitos da crise no Brasil.
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