domingo, 29 de janeiro de 2012

Armistício Petista


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Escrito por VLADIMIR HUGHES   
Sáb, 28 de Janeiro de 2012 18:07
POR VLADIMIR HUGHES
A guerra travada nos bastidores petistas ganhou as ruas e praças. Uma briga, antes silenciosa, entre dois grupos políticos locais vinculados a interesses apequenados de cargos e exposição veio à tona. A vitória de Pirro de um grupo levou ao outro hastear a bandeira branca na já conhecida batalha das Onças. Este sentimento não deve ser levado ao processo eleitoral, pois com estes ingredientes fatídicos, a tendência é uma pequeníssima evolução sobre terra arrasada.
O companheiro Alissom Mendonça vem mantendo uma postura de afirmar que existia uma negociação de distribuição de cargos territorial. E que a DIREC seria vinculada a votação de Geraldo e Rosemberg. O Ednei Mendonça vinculado ao grupo de Josias Gomes, tentava a todo o momento mantê-lo no cargo, através de ações no Diretório Estadual. Como falhou a ação desesperada, coube a Josias hastear a bandeira branca. Só que os geraldistas não contavam que a sua indicada fosse reprovada pelo Secretário Estadual de Educação, e que eles estão à cata de um profissional para assumir a DIREC, onde o enfoque técnico seja também fator que dá a cobertura ao político, e não apenas o político eleitoreiro ou a interesses de alguns vereadores.
O governo estadual tenta levar esta agenda que vem sendo tocada brilhantemente pela companheira Dilma, onde o perfil técnico e a capacidade são fatores preponderantes na escolha. Ou seja, os partidos tem que melhorar seus quadros, caso contrário, vão ficar discutindo atabalhoadamente, sem apresentar soluções para os graves problemas que cercam as agendas governamentais.
É neste enfoque que quero tocar daqui para frente. O governo Newton Lima em sua faceta petista, fato raro para quem pulou do PMDB, depois para o PSB e ao final PT, demonstra diversas inseguranças técnicas. Fato este demonstrado pelas sucessivas rejeições de contas da prefeitura. E neste aspecto, em nada adiantou fazer os pulos políticos. Está claro que o aspecto da gestão foi jogado para segundo plano. As sucessivas notícias de corrupção, de desmandos e outras práticas pouco elogiosas infectaram a administração, contaminando os diversos cargos da prefeitura.
A mudança que o povo deseja está no comprometimento ético e moral do governo em tocar uma mínima agenda governamental que possibilite levar a cidade para outro patamar. Ampliar a ação politica em detrimento da gestão, não é senão um desvio característico de governos fracos, lenientes e corruptos.
Por isso a incapacidade do PT transformar o governo Newton Lima. O prefeito não incorporou a agenda governamental e vem trabalhando no enfoque patrimonialista da gestão pública, onde o seu primeiro ministro toca as necessidades de governo sem levar em consideração as diversas demandas por políticas públicas locais. Ou seja, o PT local não compreendeu que houve a exaustão deste modelo, tentou cravar os dentes no processo de continuidade política, onde o povo já definiu, mesmo que mau e porcamente, o seu desejo de mudança.
E depois não querem ouvir dizer que os companheiros petistas locais não são uns babaquaras brigões e os que comeram poeira já não conseguem reproduzir o discurso de continuidade. O povo sabido pensa: continuar os desmandos, a incapacidade, o uso político, o enriquecimento de alguns. Esta guerra eu sei que o PT local não vai vencer, e quem se coligar com ele carregará o passivo da má escolha.

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