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Força Nacional do SUS atua em Santa Maria

 

• Pacientes são transferidos para Porto Alegre pela Força Aérea / Crédito: Governo do Rio Grande do Sul

Profissionais de saúde mental dão suporte a parentes e amigos das vítimas
Para atender as vítimas do incêndio na boate Kiss, no último domingo (27), o Ministério da Saúde deslocou, para Santa Maria (RS), membros da Força Nacional do SUS para a região e intensificou ações das Unidades de Suporte Avançado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), equipados com respiradores. Para a situação, a Força Nacional do SUS (FN-SUS) conta com 59 profissionais de saúde. Integram o grupo, médicos, enfermeiros, psiquiatras, profissionais do SOS Emergências e, ainda, nove profissionais do Hospital Israelita Albert Einstein. O Ministério da Saúde acionou dois centros de queimados de referência em Porto Alegre e a Unidade de Emergência do Grupo Hospital Conceição (GHC), além de leitos de UTI da região metropolitana (incluindo Canoas e Caxias) para a transferência de vítimas, se necessário.
Foram abertos 64 leitos de UTI e 36 leitos de Semi-UTIS em Porto Alegre, mobilizando hospitais da rede pública e privada. Houve, ainda, o deslocamento de sete ambulâncias de UTI do Samu. Na segunda-feira (28), o Ministério da Saúde reforçou a quantidade de equipamentos enviados ao estado: mais 30 respiradores (totalizando 50), e dez ventiladores (totalizando 20), além de 30 pulsoxímetros.
Apoio psicológico - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou a importância do atendimento psicológico que as equipes de saúde vêm prestando a parentes e amigos das vítimas do incêndio. De acordo com o ministro, passado o primeiro momento de identificação, que acontecia no ginásio, agora, foi feito um mapeamento de onde estão os familiares e os hospitais que ainda têm vítimas internadas. “Profissionais especializados em saúde mental estão aqui em Santa Maria, nesse segundo momento, com outra estratégia que é a de acompanhar os familiares nos hospitais”, explicou.
Segundo ele, está sendo articulada uma rede de atendimento psicológico para esses familiares e amigos e, para adequar a demanda, profissionais de Porto Alegre estão sendo deslocados para Santa Maria. Além disso, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS AD 2) de Santa Maria já está funcionando 24 horas, inclusive com atendimento de retaguarda de psiquiatria.
Pele - O ministro Alexandre Padilha solicitou ajuda a hospitais brasileiros e estrangeiros (Argentina, Peru e Uruguai) para a possibilidade de reforço na assistência aos queimados graves e para possível aumento nos estoques dos bancos de pele. “Já entramos em contato com bancos de pele aqui do Brasil, como de São Paulo e Pernambuco, para a transferência de tecido de pele. Se for necessário, vamos trazer pele de bancos de outros países da América Latina”, disse.
O ministro informou que não é necessário que os doadores de sangue se desloquem até a cidade de Santa Maria para realizar a doação, uma vez que elas podem ser realizadas nas cidades onde moram os voluntários. Alexandre Padilha orienta, também, que aqueles que desejarem fazer doações esperem a determinação da Defesa Civil, que deverá esclarecer o que é necessário neste momento.
Efetivo militar é de 1,4 mil pessoas
Um efetivo de aproximadamente 1.400 militares atua em Santa Maria, o que permitiu a presença de militares no local desde a manhã de domingo, com helicópteros, aeronaves, suprimentos e tropas. O engajamento foi facilitado pelo expressivo número de organizações militares instaladas em Santa Maria, que incluem a 3ª Divisão do Exército e uma base aérea militar.
Além de transportar equipes médicas e suprimentos, a Força Aérea leva feridos para Porto Alegre após decisão conjunta de médicos, que avaliam a necessidade de transporte e o quadro clínico. Durante o voo, cada paciente é acompanhado por, pelo menos, um médico e um enfermeiro. Esses deslocamentos envolveram, até o momento, aviões SC-105 Amazonas, C-95 Bandeirante, C-98 Caravan e helicópteros H-60 Blackhawk. Mais aeronaves estão de prontidão, para serem acionadas em caso de necessidade.
Na tarde de segunda-feira (28), o Exército Brasileiro mobilizou 377 militares. Mais cedo, o Comando da Aeronáutica disse, por meio de nota, que cerca de mil militares da Força Aérea Brasileira (FAB) participam da missão, sendo 64 médicos e enfermeiros, além de 4 psicólogos.
Segundo o Exército, a movimentação de seus efetivos para atendimento às vítimas da tragédia se dá em duas frentes: no Hospital de Guarnição de Santa Maria, onde 120 profissionais foram mobilizados, e no apoio em ações de logística e de segurança, em que atuam 257 militares. Foram colocadas à disposição das autoridades 51 viaturas, entre elas três ambulâncias e um caminhão frigorífico.