- Devido à profundidade da reserva de petróleo, é necessário ter novas técnicas de exploração / Foto: Petrobras
Para financiar o desenvolvimento de tecnologias e produtos necessários à exploração do Pré-Sal, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) selecionou 58 projetos de pesquisa em cooperação entre empresas e universidades para destinar R$ 110 milhões. Cerca de 25% do total dos recursos a fundo perdido, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), serão usados em projetos relativos à segurança ambiental, com cerca de R$ 30 milhões em 14 propostas.
As propostas envolvem desde estudos de viabilidade de tecnologias para a detecção e monitoramento de vazamentos, como, por exemplo, pela técnica de diferencial de temperatura e por interferência química, até a construção de protótipos e o desenvolvimento dos sistemas, ou mesmo investigações sobre como viabilizar o aumento da segurança no transporte de fluidos, além de como dar sobrevida às estruturas que sofrem reparos eventuais.
Projetos - No segmento de tecnologias de prevenção, localização e reparo de vazamentos em equipamentos há, por exemplo, um scanner ultrassom submarino, operado por um robô de controle remoto, para inspeção de dutos offshore, a ser desenvolvido pela PUC-RJ; e um sistema para centro de decisão orientado para monitoração ambiental de plataformas usando redes de sensores sem fio, a ser produzido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) vai trabalhar com uma nova técnica para reparar dutos submarinos em águas profundas.
Exploração - O avanço tecnológico na exploração do pré-sal já pode ser sentido, de acordo com a Petrobras. A perfuração do primeiro poço demorou mais de 15 meses e custou US$ 240 milhões. Os mais recentes foram perfurados em 80 dias e custaram, em média, US$ 80 milhões. Isso foi possível graças ao aprendizado no revestimento dos poços, melhorias na qualidade do fluido de perfuração, na concepção da geometria do poço e especificação das melhores brocas.
Um centro de inovações para esse desafio é a rede temática Galileu, que faz simulações numéricas em computadores de alta performance, tanques simuladores das ondas do oceano, ferramentas 3D e 4D e também o que há de mais veloz em transmissão de dados à distância, dentre outras tecnologias, para trazer soluções para o pré-sal. A rede é composta por instituições no Brasil e no exterior, como a UFRJ e a Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
Resultado da seleção da Finep aqui
Descoberta de petróleo de boa qualidade
A Petrobras anunciou na última quarta-feira (30) uma nova descoberta de petróleo de boa qualidade durante perfuração do poço Biguá, no bloco BM-S-8, em águas ultraprofundas do Pré-Sal da Bacia de Santos, a 270 km de distância da costa do Estado de São Paulo.
A descoberta foi comprovada por meio de amostragem de petróleo de reservatórios de 5.380 metros de profundidade.
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