Alunos da rede pública de 800 cidades farão exames clínicos para diagnóstico de hanseníase e verminose
Meta é examinar 9,2 milhões de estudantes de regiões com maior incidência
Mais de 9,2 milhões de estudantes de escolas públicas serão avaliados para diagnóstico precoce de hanseníase e verminoses em 800 municípios em regiões de maior incidência da doença. Entre os dias 18 e 22 de março, agentes comunitários e profissionais do Programa Saúde da Família vão buscar os casos suspeitos em estudantes de cinco a 14 anos para identificar comunidades em que a hanseníase e verminoses ainda persistem. “Se a equipe de saúde identificar uma criança ou um adolescente com hanseníase é porque tem um caso na sua casa ou na comunidade onde ele vive e, certamente, este caso ainda não foi detectado pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, diz o ministro da Saúde, Alexandre Padilha
Com o slogan “Hanseníase e Verminoses tem cura. É hora de prevenir e tratar”, a campanha contará com a participação de agentes comunitários de saúde e profissionais de Saúde da Família. Os casos suspeitos serão encaminhados à Rede de Atenção Básica de Saúde para confirmação do diagnóstico e início imediato do tratamento.
A iniciativa também pretende reduzir a carga das verminoses (parasitas intestinais conhecidos como lombrigas, que causam anemia, dor abdominal e diarreia). Estes parasitas podem prejudicar o desenvolvimento e o rendimento escolar da criança. O tratamento será realizado pelos profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Esta ação também prevê a distribuição de 10 milhões de cartilhas para orientação de professores e estudantes.
Hanseníase - Cada um dos 10 Centros de Prevenção de Incapacidade e Reabilitação no Brasil vão receber R$ 160 mil, em parcela única, para compra de equipamentos e materiais para prevenção de incapacidade e reabilitação. E as prefeituras de 30 cidades onde se localizam ex-colônias de hanseníase terão prioridade nos pedidos de construção de Academias da Saúde, o que corresponderá a um investimento de R$ 4,4 milhões.
Levantamento inédito do Ministério da Saúde aponta redução de 61,4% no coeficiente de prevalência (pacientes em tratamento) entre 2001 e 2011, passando de 3,99 por 10 mil habitantes para 1,54 mil. No mesmo período, o número de serviços com pacientes em tratamento de hanseníase cresceu 142%, de 3.895 unidades, em 2001, para 9.445, em 2011.
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