O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), reafirmou hoje que não pretende deixar o partido para viabilizar uma eventual candidatura à Presidência da República em 2010. Questionado se o PMDB seria uma segunda opção, ele disse que a possibilidade não está no seu "horizonte", mas observou que acredita ter a missão de ser o interlocutor junto à legenda para a construção de uma aliança mais ampla em torno de um presidenciável tucano. Cotado como possível candidato, junto com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), Aécio mais uma vez defendeu prévias no PSDB para a escolha do presidenciável, caso não haja consenso em torno de um nome.
O governador mineiro também cobrou que o instrumento de consulta para escolha do candidato seja regulamentado pela direção nacional do PSDB, para que esteja "à disposição" do partido. "Isso não deve ser visto com temor por quem quer que seja. A prévia é um instrumento de mobilização das bases do partido. E, obviamente, é um dos instrumentos que facilitam a decisão partidária. Mas ressalvo. As prévias só podem existir se houver disputa", afirmou.
O governador disse que está feliz no PSDB e que acredita que o partido pode construir com o PMDB, DEM, PPS e "alguns outros partidos" uma aliança mais ampla para conduzir um novo projeto para o País. "Acho que o meu papel é muito mais de aproximação do PMDB do que qualquer outro" afirmou. "Tenho relações extraordinárias com companheiros do PMDB de Minas e de fora de Minas Gerais. Talvez exatamente esta boa relação é que suscite sempre essa especulação. Mas é algo que não está no meu horizonte."
Caciques peemedebistas costumam, em declarações públicas, cortejar Aécio. O PMDB foi aclamado como o principal "vencedor" das eleições municipais. Ontem, o governador tucano telefonou para o presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), e o parabenizou. Em entrevista, Aécio reconheceu o avanço do PMDB, avaliando que a legenda ganhou mais importância "nas discussões futuras".
Crise financeira
O mineiro revelou que nos próximos dias os governadores do sudeste deverão se reunir em Belo Horizonte para uma avaliação mais detalhada dos efeitos da crise financeira internacional nos Estados. Os governadores pretendem discutir também o acompanhamento de algumas medidas que estão em tramitação no Congresso Nacional e que impactam as receitas estaduais, segundo Aécio.
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