Senhor presidente, senhoras e senhores parlamentares,
Venho a esta tribuna me pronunciar a respeito da situação das vítimas das enchentes que vem ocorrendo em nosso país.
É lamentável a situação em que se encontram alguns estados brasileiros. A chuva tem assolado algumas áreas e temos visto cenas depreciáveis em todos os noticiários ultimamente.
Bairros alagados, pessoas desabrigadas, famílias perdendo seus bens, suas casas, seus móveis, enfim perdendo tudo aquilo que muitas vezes levaram tempo e muito trabalho para construir.
Em que pese o estado caótico em que tem vivido alguns estados como São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, quero levar a conhecimento deste plenário um fato lamentável que chegou às páginas dos jornais esta semana.
O município de Ilhéus, na Bahia, ao final do ano passado, devido ao período de chuvas, sofreu degradações.
Famílias ficaram desabrigadas, pessoas perderam seus lares, suas casas e crianças perderam a vida. Crianças que dormiam no momento do desabamento de um barranco tiveram suas vidas ceifadas, o que gerou grande comoção não só local como também de todos aqueles que tiveram conhecimento do desastre.
Senhor presidente devido à situação de risco no local, famílias tiveram de deixar suas residências e assim foram transferidas provisoriamente para um estádio de futebol.
Não sendo o estádio o local mais adequado para se morar, após reivindicações realizadas pelas famílias, elas foram transferidas para casas alugadas pelo governo e que seriam pagas também pelo governo por um período de seis meses, enquanto se resolveria a situação dos desabrigados.
Ocorre que aquilo que parecia ser a solução temporária de um problema acabou gerando um novo drama, pois há contra essas famílias uma ordem de despejo simplesmente porque o governo não efetuou o pagamento dos aluguéis. Houve apenas o pagamento do primeiro mês da locação.
Apesar do protesto das famílias na última terça-feira, em uma das principais vias de acesso a zona norte de Ilhéus não houve sequer qualquer manifestação por parte do governo.
Senhor presidente até quando irá perdurar essa situação? Até quando essas famílias continuarão sofrendo por conta do descaso?
Eu pergunto para onde irão essas famílias se forem despejadas? O que mais falta acontecer as essas pessoas?
Como se já não fosse o suficiente o fato de perderem suas casas ainda tem que sofrer a negligência estatal?O Estado não pode continuar omisso, não pode desrespeitar as pessoas especialmente por se tratar de uma situação emergencial que envolve o direito à vida, onde envolve a dignidade da pessoa humana. Pois tem o dever de tutela e não pode simplesmente deixar a situação ao acaso.
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