terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Prêmio do governo escolhe índio e emprego

Um projeto para ajudar desempregados a conseguirem trabalho, em Osasco, e a emissão de documentos para povos indígenas, no Amazonas, são os projetos premiados em um concurso do governo federal para destacar ações que aprimorem o Bolsa Família. As duas iniciativas — uma implantada pela prefeitura e outra pelo governo estadual — foram as vencedoras num processo que contou com 692 inscritos.
O Prêmio Práticas Inovadoras na Gestão do Programa Bolsa Família também destacou outras cinco ações municipais e três estaduais entre os finalistas. Os responsáveis pelos projetos vão conhecer programas de transferência de renda da Colômbia, do Chile ou do México.
O resultado faz parte de um pacote de premiações promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Social que contemplou também gestão de programas de segurança alimentar e nutricional e estudos sobre o Bolsa Família. A cerimônia de entrega dos prêmios aconteceu em 24 e 25 de novembro, em Brasília.
No Prêmio Práticas Inovadoras na Gestão do Programa Bolsa Família, o vencedor da categoria municipal foi o Portal do Trabalhador de Osasco (SP). O projeto ajuda beneficiários do Bolsa Família a conseguirem emprego em empresas parceiras e divulga informações sobre cursos de capacitação, economia popular e microcrédito. O segundo colocado também é de Osasco: um projeto que capacita mulheres em costura industrial, concedendo bolsa de estudos, seguro de vida e auxílio-transporte.
O projeto que ficou em terceiro lugar, de Fortaleza, oferece cursos de capacitação para 1.480 beneficiárias nas áreas de confecção, culinária semi-industrial, prestação de serviços da construção civil e tecnologia de montagem e manutenção de microcomputadores. O quarto lugar ficou com uma iniciativa de Lagoa Seca, na Paraíba, que organizou visitas aos domicílios beneficiários do Bolsa Família, reuniões com moradores e um horário em uma rádio comunitária para divulgar informações sobre o programa.
O quinto colocado, de Santarém, no Pará, é um projeto voltado para aprimorar o cadastro das famílias, focado no atendimento de remanescentes de quilombos. O sexto colocado é de Curitiba e tem o objetivo de implantar PAIF (Programa de Atenção Integrada a Família) e CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), para acompanhar as famílias do programa e monitorar o cumprimento das condicionalidades.
Entre os projetos implantados por governos estaduais, o vencedor foi uma ação para concedeu certidão de nascimento para 3 mil indígenas do Amazonas e incluiu 1.860 deles no Bolsa Família. O segundo lugar ficou com uma iniciativa cearense que aprimorou a fiscalização da freqüência escolar dos alunos beneficiários.
Em terceiro está um projeto da Bahia que criou um sistema virtual para identificar e acompanhar dados do programa nos 417 municípios em que ele é implantado. O quarto colocado é um projeto do Pará que oferece qualificação profissional, parcerias com empresas e facilidade de acesso a microcrédito para jovens beneficiários.
Estudos
No prêmio para os estudos, os vencedores foram reunidos em uma Biblioteca Virtual desenvolvida pelo ministério e pelo Centro Internacional de Pobreza, uma instituição de pesquisa do PNUD, resultado de uma parceria com o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
O primeiro lugar desse prêmio ficou com um trabalho produzido na universidade do México, que avalia a participação e controle social do Bolsa Família. O segundo lugar ficou com um estudo da Universidade de Minnesota e da USP que avalia o impacto do Bolsa Família nas taxas de matrícula, abandono e aprovação do ensino fundamental. O terceiro colocado é da Universidade Federal de Minas Gerais e analisa o impacto do Bolsa Família na oferta de trabalho. Fonte PNUD.

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