Maria
Luiza Heine diz que o General Osório deve ser administrado pela Prefeitura
A
historiadora e ex-presidente da Fundação Cultural de Ilhéus, Maria Luiza Heine,
mostra-se preocupada com a transferência do prédio do General Osório para o
grupo Teatro Popular de Ilhéus, conforme notícia divulgada pela imprensa na
última sexta-feira, 5. Ela disse no seu blog “Ilhéus com Amor” (ilheuscomamor.wordpress.com)
estar perplexa com a notícia.
“Gostaria
de saber a opinião do Ministério Público, mas acho que este prédio tem uma
importância muito grande, vai fazer cem anos e não deve sair da administração
municipal”, posiciona-se a historiadora, questionando o silêncio das pessoas
que defendem a recuperação do General Osório.
Lembrando
que nestes cem anos o prédio nunca foi administrado pela iniciativa privada, Maria
Luiza Heine ressalta também sua admiração pelo Teatro Popular de Ilhéus,
considerando que a Prefeitura deve dar todo o apoio necessário ao grupo, mas defendendo
que o patrimônio histórico seja administrado pelo governo municipal.
Histórico do prédio
– A historiadora ressalta que o prédio onde funcionam atualmente a Biblioteca
Adonias Filho e o Arquivo João Mangabeira foi inaugurado em 31 de dezembro de
1915, como a primeira escola pública municipal de Ilhéus, e depois passou a se
chamar Grupo Escolar General Osório. No ano de 2002, o então prefeito Jabes
Ribeiro realizou uma reforma e instalou ali a Biblioteca Municipal e o Arquivo
Público.
A Biblioteca recebe estudantes das escolas públicas e pessoas
diversas. Com acesso à Internet e oferta de filmes gratuitos e exposições permanentes
sobre os eventos ligados aos estudantes, a Biblioteca é um importante
equipamento para a educação e cultura da cidade. O arquivo atende
historiadores, funcionários públicos e pessoas interessadas nos documentos que
antes eram completamente inacessíveis.
Maria
Luiz Heine chama a atenção também para o tamanho da área do General Osório, que
considera pequena para abrigar o que já está lá e mais o TPI. “Não vejo nenhuma
compatibilidade destas atividades com a de um teatro, que também requer espaço
e tem uma dinâmica conflitante com o silêncio necessário a uma biblioteca e às
atividades de pesquisa do arquivo”.
Vera RabêloJornalista - Assessora de Comunicação73.8809.1730 Oi - 9823.0050 Vivo - 9168.6320 Tim
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