quarta-feira, 6 de maio de 2009

"Impacto da crise em pobres é ainda maior"

“A crise econômica mundial só aconteceu devido à supervisão inadequada dos bancos e mercados financeiros. As medidas cautelares recomendadas aos países desenvolvidos foram ignoradas, e agora, nenhuma nação está livre dos efeitos negativos. Mas o impacto sobre os países em desenvolvimento é ainda maior”. A conclusão vem do relatório “A crise financeira e seu impacto nos países em desenvolvimento”, divulgado em abril pelo Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (CIP–CI), uma instituição de pesquisa e treinamento do PNUD em parceria com o governo do Brasil.
O que facilita a transmissão da crise para os países mais pobres, diz o estudo, é a reversão de três fatores que ajudaram o boom econômico de 2003 a 2007: o elevado número de financiamentos do período – com muito dinheiro privado –, o alto preço das commodities, e o enorme fluxo monetário remetido por trabalhadores emigrados para seus países de origem. Com esses três aspectos agora caminhando na direção oposta, o ciclo de crescimento dos países em desenvolvimento também se reverte, diz o trabalho dos economistas Diana Alarcon, Stephany Griffith-Jones e José Antonio Ocampo.

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