terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

OPOSIÇÃO.


Policiais com cacetes, bombas de efeito moral e spray de pimenta

Do outro lado da trincheira, a oposição se esquiva de falar sobre estratégias eleitorais calcadas no saldo do terror, mas deixa claro que conta com uma iminente perda de popularidade do governo petista. “O desgaste é irreversível. O registro histórico que vai permanecer é o de quem optou pelo confronto como meio para resolver os problemas, em vez do diálogo”, avalia o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB).
Já o deputado federal ACM Neto, líder do DEM na Câmara, adota o tom conciliador ao comentar os efeitos da greve sobre os adversários. “Minha experiência diz que não é o momento de falar em proveito político. É hora de superar os problemas, de achar um caminho rápido para essa situação”, aponta.
Avaliações
Para um experiente marqueteiro baiano, com serviços prestados para políticos das duas frentes, a greve será tema nas próximas eleições, mesmo que a oposição negue a princípio. “É impossível não usar (a greve). A segurança é pauta contra (os governistas). Sem falar que, em casos como esse, sobra para os eleitores a percepção de que o governador foi leniente por ter deixado as coisas chegar onde chegaram”, analisa.
Para especialistas ouvidos pelo CORREIO, os danos ao governo são evidentes, mas os efeitos dependem de variáveis. “Se o governador conseguir um desfecho positivo, pode sair da crise como grande negociador", assinala o pesquisador da Ufba Gilberto Wildberger, especializado em Comunicação e Política. “O desgaste existe, mas num primeiro momento é cedo para afirmar que ele vai estar presente nas eleições", opina o cientista político Paulo Fábio Dantas, professor da Ufba.

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